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Com o aumento significativo dos casos de dengue em Uberlândia, profissionais da saúde reforçam a importância da prevenção, do reconhecimento precoce dos sintomas e da busca por atendimento médico para evitar agravamentos. A professora Pollyana Júnia Felicidade, do curso de Enfermagem da Una Uberlândia, alerta para os impactos das mudanças climáticas na proliferação do mosquito transmissor e os riscos das formas graves da doença.
“As chuvas irregulares e o calor favorecem o desenvolvimento do Aedes aegypti, já que o calor acelera o ciclo de vida do mosquito e a água parada funciona como criadouro ideal”, explica Pollyana. Segundo ela, o período entre a postura dos ovos e a eclosão das larvas é reduzido nessas condições, o que aumenta rapidamente o número de mosquitos em circulação.
A professora destaca que os sintomas da dengue incluem febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e nas articulações, dores atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, fadiga, náuseas e vômitos. “Esses sinais aparecem entre 3 e 14 dias após a picada e devem ser levados a sério, principalmente em gestantes, crianças pequenas e idosos, que fazem parte dos grupos de risco”, alerta.
Entre os sinais de alerta para a dengue hemorrágica estão a queda abrupta da pressão arterial, sangramentos, vômitos frequentes, pouca urina e redução das plaquetas. Pollyana ressalta que, “nesses casos, o atendimento médico imediato é essencial para evitar complicações graves”.
Muitas vezes, a dengue pode ser confundida com outras doenças, como a gripe, a Covid-19, a zika ou a chikungunya. Segundo a professora, “a dengue se diferencia por sintomas como dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. A chikungunya causa dores articulares intensas, enquanto a zika costuma provocar febre baixa, coceira e muitas manchas. Já a Covid-19 geralmente vem acompanhada de sintomas respiratórios, como tosse e dificuldade para respirar”. Por isso, é fundamental realizar exames para confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento adequado.
O diagnóstico da dengue é feito por exame clínico e testes laboratoriais, incluindo testes rápidos para detecção do vírus. “Embora não exista um tratamento específico, é possível controlar os sintomas com hidratação adequada, repouso e acompanhamento médico para evitar agravamentos”, afirma a enfermeira.
A prevenção continua sendo a principal arma contra a doença. Além de eliminar focos de água parada e redobrar a atenção com sintomas persistentes, o uso de mosquiteiros e repelentes são eficazes, desde que usados corretamente. “Deve-se utilizar aqueles recomendados pela Anvisa, os quais possuem substâncias adequadas e são seguros para a população. Em casos de utilização de mosquiteiros, é permitido inclusive a aplicação de repelentes em spray sobre ele para aumentar sua eficácia”, recomenda a professora.
Por fim, Pollyana lembra que uma mesma pessoa pode contrair dengue mais de uma vez, já que existem diferentes sorotipos do vírus. “As reinfecções aumentam o risco de formas graves, por isso é importante estar atento mesmo que a pessoa já tenha tido a doença anteriormente”, conclui.
Dica: em caso de sintomas, evite a automedicação e procure a unidade de saúde mais próxima. A informação e a prevenção continuam sendo as melhores formas de proteção contra a dengue.
~Una