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Uma publicação recente do Conselho Federal de Farmácia (CFF) trouxe à tona um dado alarmante: a prevalência do HIV está acima do limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), acendendo um alerta para uma possível epidemia silenciosa no Brasil.
O levantamento, realizado na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), mostrou que 1,64% da população testada vive com o vírus, ultrapassando em 64% o índice de 1% definido pela OMS como parâmetro de controle. A pesquisa foi conduzida pelo Hospital Moinhos de Vento e representa a primeira testagem sorológica em grande escala no país.
Diferente dos dados oficiais — baseados em notificações de pessoas que buscam atendimento médico — os pesquisadores testaram diretamente 8 mil pessoas. Isso permitiu a identificação de casos muitas vezes ocultos pela ausência de sintomas ou pela falta de diagnóstico.
Além dos 81 casos de HIV, o estudo também identificou 558 casos de sífilis, 26 de hepatite B e 56 de hepatite C. Embora os testes tenham se concentrado no Sul do Brasil, os especialistas alertam para uma possível tendência nacional, com a expansão silenciosa de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Os dados destacam ainda o maior risco entre populações em situação de vulnerabilidade, como pessoas negras ou pardas, com menor escolaridade e baixa renda, principalmente entre 30 e 59 anos. De 2007 a 2024, o Brasil já notificou mais de 540 mil casos de HIV, com predominância entre os homens.
Como o vírus pode permanecer no corpo por anos sem apresentar sintomas, ele pode se espalhar facilmente sem que o portador saiba. O diagnóstico precoce e o tratamento com antirretrovirais são essenciais para evitar a progressão para a aids e interromper o contágio. No entanto, o levantamento revela que milhares de brasileiros ainda convivem com o HIV sem saber, mantendo ativa uma epidemia silenciosa.
~Redação Rádio Ativa FM