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Instituído pela Portaria MS/GM nº 707/1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer tem como foco ampliar o conhecimento da população sobre a prevenção do câncer no dia 27 de novembro. O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC‑UFU), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), apoia a campanha nacional.
“De maneira bem simples, o câncer é a multiplicação descontrolada de células de algum tecido do corpo, devido a uma mutação, ou seja, um erro genético, que impede o organismo de parar a multiplicação celular”, explica a médica radio-oncologista Roseane Eloiza Maximo Silva, chefe da Unidade de Oncologia do HC-UFU.
Hospital do Câncer
O setor de cuidados especializados do HC-UFU, mais conhecido como “Hospital do Câncer”, realiza tratamento com radioterapia e quimioterapia para todos os tipos de tumores, conforme o Manual do Ministério da Saúde e os tratamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ambulatório de Oncologia do HC-UFU oferece atendimento nas áreas de: oncopediatria, oncologia clínica, hematologia, radioterapia, cuidados paliativos, transplante de medula óssea autólogo, psiquiatria, urologia, psicologia, nutrição, odontologia, farmácia, dor e fisioterapia.
Além disso, realiza também atendimentos ambulatoriais de algumas especialidades cirúrgicas, como cirurgia oncológica, coloproctologia, cirurgia de cabeça e pescoço e cirurgia do aparelho digestivo.
Só neste ano, de janeiro a outubro, foram atendidos no Setor de Cuidados Especializados do HC-UFU mais de 1.500 pacientes em consultas especializadas em oncologia, nas áreas de oncologia clínica, cirurgia oncológica e oncologia pediátrica. O HC-UFU também acolheu nesse mesmo período 639 pessoas internadas na Unidade de Oncologia.
O câncer é uma das principais causas de morte nas Américas, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Em 2022, foi responsável por 1,4 milhão de mortes, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas: mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o comportamento, segundo o Ministério da Saúde.
“Como a grande maioria dos canceres são decorrentes de causas externas, ações como ter uma alimentação saudável, evitando alimentos ultra processados, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas e praticar atividades físicas regularmente, são essenciais para reduzir o risco de desenvolvimento de câncer”, pontuou Roseane.
Diagnóstico e tratamento
Aproximadamente 60% dos tumores são diagnosticados em estágios mais avançados (III ou IV) no Brasil. A detecção do câncer em estágios iniciais pode aumentar as chances de cura, além de, em alguns casos, possibilitar tratamentos menos complexos, com menos efeitos colaterais e menor prejuízo na qualidade de vida. O diagnóstico precoce é feito mantendo acompanhamento médico regular, mesmo quando não há sintomas. Para a médica, é fundamental: realizar consultas ginecológicas; exames de rastreamento, como a mamografia, para mulheres acima de 40 anos; consulta com urologista, para homens e, ao sinal de qualquer alteração, procurar assistência médica o mais rápido possível.
O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). “O tratamento oncológico pode ser uma jornada longa e desafiadora, e ao final do tratamento, é muito importante que se continue com as consultas de rotina conforme orientação do médico oncologista, manter estilo de vida saudável, procurar o bem-estar mental e psicológico e, se houver condições, fazer uma reprogramação para inserção nos ambientes sociais e de trabalho”, finalizou Roseane.