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O câncer se tornou a principal causa de morte em seis cidades das regiões Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, superando as doenças cardiovasculares que ainda lideram o ranking nacional. Entre esses municípios está Abadia dos Dourados, além de Canápolis, Conquista, Douradoquara, Gurinhatã e Vazante.
Os dados são do Observatório de Oncologia, que analisou informações do Ministério da Saúde. No cenário nacional, o câncer já é a maior causa de mortes em 670 cidades, o que representa 12 por cento dos municípios brasileiros. Segundo os pesquisadores, se não houver mudanças significativas nas políticas públicas de saúde, o câncer deve se tornar a principal causa de morte no país até 2029.
O Observatório de Oncologia é uma plataforma online que monitora dados abertos e compartilha informações relevantes sobre o panorama do câncer no Brasil, auxiliando na tomada de decisões e no planejamento de políticas de saúde com base em evidências.
No Brasil, o câncer é considerado a segunda principal causa de morte desde 2003. Apenas em 2020, durante a pandemia de Covid 19, a doença ocupou a terceira posição.
Número caiu pela metade em 2023
Mesmo com seis cidades da região apresentando o câncer como principal causa de morte em 2023, o número já foi maior. Em 2020, eram 12 municípios nessa condição. O dado representa uma redução de 50 por cento. Já em 2015, assim como em 2023, também eram seis cidades.
Reincidência em alguns municípios
Quatro cidades apareceram mais de uma vez nas listas dos anos analisados. Água Comprida, Canápolis, Douradoquara e Gurinhatã registraram o câncer como principal causa de morte em dois dos três períodos avaliados.
2023
Abadia dos Dourados
Canápolis
Conquista
Douradoquara
Gurinhatã
Vazante
2020
Água Comprida
Cachoeira Dourada
Canápolis
Cascalho Rico
Comendador Gomes
Guarda Mor
Guimarânia
Gurinhatã
Itapagipe
Romaria
São Francisco de Sales
Veríssimo
2015
Água Comprida
Campo Florido
Delta
Douradoquara
Grupiara
Planura
Interior se torna o novo epicentro do desafio oncológico
A maioria das cidades onde o câncer já é a principal causa de morte tem menos de 25 mil habitantes e enfrentam grandes dificuldades no acesso a serviços especializados.
Segundo a pesquisadora Nina Melo, coautora do estudo, a doença deixou de ser um problema restrito às capitais e avançou para o interior, onde o diagnóstico costuma ser tardio. Ela explica que a falta de mamografias, exames de rotina e estruturas de atendimento agrava a situação.
A pesquisadora destaca que faltam serviços essenciais, como patologia, cirurgia oncológica e radioterapia. Com isso, muitos pacientes precisam viajar longas distâncias para iniciar o tratamento, o que reduz as chances de cura.
~Redação Rádio Ativa FM