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Começou na última sexta-feira (1/8) a campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e segue até 15 de outubro, com a expectativa de vacinar mais de 4 milhões de animais em todo o estado.
Gratuita e segura, a vacina é a principal forma de prevenir a raiva, uma doença grave, com taxa de letalidade próxima de 100% em humanos e animais. Cada município é responsável por definir seu cronograma e o Dia D de vacinação. Por isso, os tutores devem ficar atentos às datas divulgadas pelas secretarias municipais de saúde.
“A vacinação antirrábica em cães e gatos é essencial para proteger tanto os animais quanto a população. Por isso, é fundamental alcançar áreas urbanas e rurais”, destaca Aline Lara Cavalcante, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG.
A meta da campanha é imunizar pelo menos 90% da população animal estimada: 3,48 milhões de cães e cerca de 648 mil gatos. Para isso, a SES-MG vai distribuir, ao longo da campanha, mais de 4,2 milhões de doses da vacina aos municípios mineiros, por meio das Unidades Regionais de Saúde.
Cada prefeitura organiza sua própria estratégia de aplicação, considerando a realidade do território. Em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por exemplo, o Dia D na área urbana será em 23 de agosto. Já na zona rural, a imunização será iniciada duas semanas antes, com visita às propriedades.
“Estamos reunindo os agentes comunitários de saúde, alinhando a logística e realizando divulgação para garantir que todos os tutores saibam quando e onde vacinar seus animais”, explica a veterinária Viviane Moreira, referência técnica do município.
Para tutores como a analista de crédito Adriana Almeida Correia, de 52 anos, participar da campanha já virou rotina. “Tenho três pets — a Lua, o Raio e a Luna. Todo ano eu levo os três para vacinar pelo SUS. É cuidado com eles, mas também com a nossa saúde”, afirma.
A raiva é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que atinge o sistema nervoso central e provoca uma inflamação cerebral progressiva e fatal. A transmissão acontece, principalmente, por mordidas, arranhões ou lambidas de animais infectados. Em geral, os primeiros sintomas nos animais incluem mudanças bruscas de comportamento, salivação intensa, dificuldade para engolir, falta de coordenação motora e sensibilidade à luz.
“Qualquer alteração de comportamento deve ser avaliada por um veterinário. Em caso de suspeita, o animal deve ser isolado, com água e comida disponíveis, e a Secretaria Municipal de Saúde deve ser imediatamente notificada”, orienta Mariana Gontijo de Brito, coordenadora de Zoonoses da SES-MG.
A vacinação é essencial, mas evitar a raiva também depende de ações simples no dia a dia, desde a forma como lidamos com os animais até a atenção a situações que podem representar risco.
Em humanos, a vacinação preventiva contra a raiva é recomendada apenas para pessoas com risco constante de exposição ao vírus, como profissionais que trabalham diretamente com animais.
Em 2024, até o momento, Minas Gerais não registrou nenhum caso suspeito ou confirmado de raiva humana. O último caso no estado foi em 2023, transmitido por um herbívoro.
“Quando há agressão por um animal com suspeita de raiva, o protocolo deve ser iniciado imediatamente em uma unidade de saúde. É isso que garante a prevenção eficaz”, reforça Mariana Gontijo.
A campanha da SES-MG mobiliza municípios, profissionais da saúde, veterinários e a própria população para garantir que a raiva continue sob controle em Minas Gerais. Para saber quando vacinar seu pet, a orientação é procurar a secretaria de saúde do seu município e não deixar a proteção para depois.
Afinal, cuidar dos nossos melhores amigos é também cuidar da nossa própria saúde, e a prevenção está a uma picadinha de distância.
~Redação Rádio Ativa FM
